Os atletas paraibanos viajaram para Brasília no ônibus disponibilizado pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer da Paraíba (Sejel). Segundo atletas e técnicos, o poder público cedeu apenas o ônibus e não deu ajuda de custo com a alimentação durante a viagem. Na competição, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) cobre os custos de hospedagem e alimentação.
Para atleta de ginástica rítmica Aimée Miyashita, o seu desempenho na competição está diretamente ligado ao cansaço da viagem para Brasília.
- Foi uma viagem cansativa. Nós não conseguimos render o que esperávamos. Todos os atletas que viajaram tinham muitas chances de medalhar e trazer título para a Paraíba. E acabou que isso não aconteceu por falta de suporte, por falta de investimento, por falta de tudo - afirmou indignada a atleta.
Na fase das categorias individuais e de duplas do Jogo deste ano, os atletas paraibanos conseguiram apenas duas medalhas de bronze: uma com Francisca Gilmara, da Escola Caic, de Patos, na luta olímpica a outra foi conquistada pela dupla de vôlei de praia, Thiego e Raphael, do Colégio Geo, de João Pessoa.
Em 2016, o estado ganhou 16 medalhas na etapa nacional dos Jogos Escolares, sendo 12 apenas nas modalidades individuais. O evento do ano passado aconteceu nos equipamentos esportivos de João Pessoa. Nesta primeira fase, acontecem as disputas das modalidades de atletismo, badminton, judô, ciclismo, luta olímpica, natação, tênis de mesa, vôlei de praia, xadrez e ginástica rítmica.
Ônibus quebrado e sem ar condicionado
Se a ida já foi cansativa, a volta dos atletas adolescentes paraibanos
foi uma saga. Durante a viagem, o ônibus quebrou na Bahia e os atletas
ficaram esperando algumas horas pelo conserto. Além disto, os atletas
denunciaram que viajaram no calor, pois o ar-condicionado do ônibus
também quebrou, mas não foi consertado. O banheiro estava sujo e os
pneus do ônibus estava em mau estado.
- O ônibus quebrou, o ar-condicionado quebrou também e não foi
consertado. O motorista é anti-profissional e grita com os atletas. Não
tem água e o banheiro está sujo. A situaçõa do ônibus está muito ruim
mesmo (Aimée Miyashita)
Redação com Globo Esporte
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