O programa mostrou que a Operação Cartola
não foi suficiente para estancar a corrupção no futebol paraibano. O
auditor João Bosco Luz, interventor enviado pelo STJD, teria atuado para
garantir a eleição de Michele Ramalho.
Ademário Cavalcanti, então diretor de registros da federação, afirmou à reportagem que foi pressionado por João Bosco Luz, a regularizar no sistema da CBF ligas de clubes que não teriam direito à voto nas eleições da FPF. Ele foi afastado da função, e um substituto fez as alterações no sistema. João Bosco negou as acusações.
O
sistema mostra, por exemplo, que no fim de outubro, o time Diamante
Esporte Clube foi regularizado, mas um mês antes o clube havia
participado do pleito, mesmo sem ter direito a voto. Presidentes de
outros clubes teriam sido procurados pela chapa de Michele Ramalho com a
promessa de empregos em troca de votos.
Na
semana da eleição, o colégio eleitoral aumentou de 30 clubes para 34
clubes e 11 ligas irregulares. Entre os novos votantes, 4 clubes e 8
ligas irregulares votaram em Michele Ramalho. A reportagem afirmou que a
denúncia será encaminhada ao Ministério Público da Paraíba.
A
nova presidente da FPF se manifestou por meio de nota e disse que a
eleição dela foi democrática, e as denúncias são recebidas com
naturalidades, pois ‘as mudanças em curso no futebol paraibano estão
causando desconforto àqueles acostumados com as ilegalidades cometidas
antes da eleição [dela]’.
Redação com polemicaparaiba
Redação com polemicaparaiba
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