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Vice-presidente de Futebol do clube é apontado como um dos cabeças do esquema de manipulação de resultados no Paraibano 2018 (Foto: Cisco Nobre / GloboEsporte.com) |
O Botafogo-PB foi o único clube que teve um dirigente incluído na denúncia realizada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) após a finalização da Operação Cartola, que investigou atos de corrupção no futebol da Paraíba. O vice-presidente de Futebol do clube, Breno Morais, foi denunciado como um dos cabeças do esquema de manipulação de resultados no Campeonato Paraibano deste ano. Apesar de outros dirigentes do Belo terem sido investigados, a denúncia acabou se limitando a Breno. Ainda assim, segundo a advogada do time pessoense, Herleide Herculano, o clube sai arranhado desse processo.
- Eu acredito que o Botafogo-PB sai ainda machucado com a denúncia. Sentimos demais com isso e não é um alívio pleno, pois o Breno está nessa situação. Agora esperamos a elucidação de tudo - analisou Herleide.
Apesar da denúncia contra um dos principais nomes da cúpula botafoguense, o cenário não foi dos piores. Isto porque outros dirigentes estavam na mira da investigação e não foram denunciados, pelo menos por enquanto. Foram alvos da Operação Cartola, realizada pela Polícia Civil e MPPB, os dirigentes do Belo, Zezinho Botafogo (presidente), Guilherme Novinho (vice-presidente), Alexandre Cavalcanti (vice-presidente Jurídico) e Francisco Sales (diretor executivo de futebol).
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Herleide Herculano reconheceu que o cenário não foi dos piores, já que outros dirigentes do Belo não foram denunciados (Foto: Reprodução / TV Belo) |
Nesta primeira denúncia, no entanto, a avaliação do MPPB é de que apenas Breno Morais integrava a organização criminosa que atuava no futebol da Paraíba a fim de manipular resultados de jogos da competição estadual.
Segundo o MPPB, há um acervo probatório suficiente para indicar que o dirigente botafoguense cometeu crimes e infringiu leis do Código Penal Brasileiro e do Estatuto do Torcedor.
Ele foi incurso no artigo 2°, parágrafo 3°, da Lei nº 12.850, por ter supostamente integrado uma organização criminosa, e pode pegar uma pena de reclusão de 3 a 8 anos, além de multa. O dirigente do Belo foi incurso ainda no artigo 299, que trata de falsidade ideológica, e pode ser condenado a até 5 anos de prisão e ao pagamento de multa.
De acordo com a denúncia, Breno Morais infringiu também o artigo 41-C do Estatuto do Torcedor, que fala em solicitar vantagem destinada a alterar ou falsear o resultado de competição esportiva. A pena é de reclusão de 2 a 6 (seis) anos e multa.
Redação com Globo Esporte
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