Watteau promete ir à Justiça Comum para anular o Paraibano: "Fomos roubados"

O presidente do Auto Esporte, Watteau Rodrigues, é mais um dos dirigentes que prometeu pedir a anulação do Campeonato Paraibano de 2018. E o mandatário Alvirrubro que está disposto a recorrer também a justiça comum para que a competição não tenha mais validade. Segundo Watteau, as provas e os áudios que surgiram nas investigações da Operação Cartola mostram que o resultado do estadual deste ano não tem credibilidade e não se pode ser declarados nem campeões ou rebaixados.

Watteau Rodrigues diz que vai para a Justiça comum (Foto: Cisco Nobre / GloboEsporte.com)

Watteau não foi o primeiro dirigente a afirmar que vai procurar a anulação do Paraibano. Os presidentes do Nacional de Patos e do Serrano-PB também já disseram que não aceitam o resultado do estadual deste ano. No entanto, o mandatário Alvirrubro foi o único até agora que admitiu que procuraria a justiça comum também para garantir a nulidade da competição. Vale lembrar que o Auto Esporte é um dos clubes rebaixados do estadual de 2018, junto com a Desportiva Guarabira.

Ainda segundo o presidente, a decisão de pedir a anulação do Campeonato Paraibano de 2018 foi tomada em conjunto com o Conselho Deliberativo do Auto Esporte. Ele contou que foi feita uma reunião e, junto com os conselheiros, foram decididas as direções que o clube vai tomar em relação ao estadual.

- O Auto Esporte foi rebaixado deliberadamente, por decreto e no apito. Fomos roubados desde a primeira rodada. Os áudios que já saíram comprovam que existiu compra de árbitro e de resultados. Então nós vamos procurar a Justiça Desportiva e a Justiça Comum para que todos os envolvidos no caso esclareçam o que aconteceu e sejam punidos devido aos seus atos - afirmou Watteau.

O presidente Alvirrubro lembrou ainda que os indícios de corrupção no Campeonato Paraibano não são apenas de 2018. Watteau relembrou o caso do zagueiro Walter, em que áudios atribuídos ao jogador denunciavam que a arbitragem teria beneficiado o Botafogo-PB em uma partida contra o Auto Esporte no Paraibano de 2015.

Os áudios apareceram em março de 2017 e, na época, o caso chegou a ser apreciado no Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba (TJD-PB). Mas a auditora Nilza Caroline pediu o arquivamento do processo por “não restar caracterizada infração contida no artigo 241 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBDJ)”.

- Isso que aconteceu este ano não é de agora. Eu lembro do caso do zagueiro Walter, que denunciou isso. Eu estive no campo naquela partida contra o Botafogo e presenciei in loco tudo que ele falou no áudio - disse Watteau.

Redação com Globo Esporte/ PB