Os olhares da mídia e dos chateados apreciadores do futebol do estado já estavam voltados para a sede da Federação Paraibana desde o estouro da Operação Cartola. E agora é que estão fixos à espera da chegada do interventor Flávio Boson Gambogi, anunciada pela CBF para esta quinta.
Logo que o auditor do STJD chegue e assuma os rumos da federação, estará consumada a segunda intervenção na entidade em quatro anos.
Em 2014 a Justiça estadual determinou o afastamento da então presidente Rosilene Gomes e de toda a diretoria por irregularidades na eleição de 2010. Porém, naquele tempo, a FPF foi administrada por uma junta governativa sem que a CBF entrasse no meio da história.
Agora o negócio é mais cabeludo e a decisão não veio da justiça comum, mas direto do âmbito esportivo e de lá pra cá. Os primeiros áudios-bomba já apontavam que, na “melhor” das hipóteses, Amadeu tinha perdido o controle do futebol paraibano e que este virara terra sem lei.
Se já acharam demais nesse cenário, imagine o que pensaram depois que mais escutas telefônicas tornaram o presidente afastado suspeito de não apenas saber do que acontecia debaixo dos panos, mas participar, junto a outros membros da diretoria e até à cúpula do TJD-PB, de manipulação de julgamentos, sorteios de arbitragem e resultados…
Intervenções aconteceram em ano de eleições internas
Assim como na primeira vez, a FPF sofre uma intervenção a poucos meses de uma eleição. A deste ano se desenhava bem mais tranquila que a de 2014, quando Amadeu Rodrigues ganhou de uma chapa com Coriolano Coutinho, irmão do governador Ricardo Coutinho, e Ariano Wanderley, um dos membros da junta governativa que substituía Rosilene e sua trupe.
Era virtual candidato à reeleição neste ano. Talvez nem ele saiba se será. Na verdade, não dá pra dizer nem se as eleições programadas para 2018 vão acontecer.
E pra fechar com mais uma preocupação, um “eu vejo o futuro repetir o passado”: da outra vez, o Campeonato Paraibano seguinte foi um dos mais desorganizados dos últimos anos, a começar de uma tabela cujas rodadas começavam num dia e terminavam até 1 mês depois. Que 2019 não seja igual a 2015!
Redação com OP9 / Yuri Queiroga
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