Sem clássicos, FPF coloca o Paraibano na UTI!

Resultado de imagem para opiniãoEm um ano em que muito se comemorou a volta à elite do Paraibano de equipes tradicionais como Nacional de Patos e Desportiva Guarabira, esperava-se um campeonato mais forte em apelo de público e emoção, porem eis que a FPF (Federação Paraibana de Futebol) pressionada pelo pedido de redução de datas no calendário esportivo pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) se viu forçada a mudar a formula de disputa que foi um sucesso nos anos anteriores.

Entre idas e vindas, e muito tumulto envolvendo clubes e federação foi definido nesta terça-feira (24), o modelo de disputa do Campeonato Paraibano de 2018. Marcado para começar no dia 07 de janeiro em 16 datas, mais do que o pedido da CBF, a competição será realizada em dois grupos de cinco equipes com confrontos entre as chaves em jogos de ida e volta na primeira fase.


Com os grupos sorteados da seguinte forma: Grupo A (Botafogo-PB, Campinense, Auto Esporte, Sousa e Nacional de Patos) e Grupo B (Treze, Atlético de Cajazeiras, Serrano-PB, CSP e Desportiva Guarabira), simplesmente corre o risco de o campeonato não ter a realização do tradicional Botauto (Botafogo-PB x Auto Esporte) e o Clássico Emoção (Botafogo x Campinense), onde estando na mesma chave pelo menos um dos dois ou ambos, não veremos no ano 2018.

Problema de calendário criado e resolvido, campeonato perde em clássicos que é uma das poucas razões para os estaduais ainda sobreviverem no Brasil, público e renda em consequência da falta de prudência ao definir os grupos. FPF que na gestão do atual do presidente Amadeu Rodrigues foi elogiada por muitos pela organização do nosso estadual, antes mesmo da edição de 2017 acabar, já metia os pés pelas mãos, primeiro ao tentar reduzir o número de clubes da primeira divisão, e em seguida propondo a redução de duas para uma vaga de acesso a elite do nosso futebol, no caso restringindo apenas ao campeão da segunda divisão o direito de disputar a primeira divisão. E não parou por aí, hoje temos um campeonato com quase as mesmas datas ameaçando clássicos tradicionais, e com cruzamentos desnecessários entre terceiros e segundos colocados para definir semifinalistas na segunda fase.

Sim, nosso querido paraibano tão criticado por não agregar valores aos nossos jovens que todo dia saem as ruas com as camisas dos grandes times do Sul/Sudeste e agora da Europa está entregue na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), e a culpa do relatado acima é do dirigente do seu clube que compactou não só com a formula de disputa, mas também a definição dos grupos e critérios pré-estabelecidos pela FPF.


Por fim, resta a sociedade amante do futebol paraibano se mobilizar e fazer seu manifesto contra a imposição deste calendário que mata a cultura dos clássicos paraibanos. Ainda há tempo torcedor, e no futebol mais do que nunca, o não de hoje pode ser o sim de amanhã. A hora das torcidas paraibanas mostrarem alguma união em prol do nosso futebol é agora, use hastag#PelosClássicosNoFutebolParaibano e faça o seu protesto nas redes socias, se mobilizem, cobrem seus dirigentes e essa Federação complacente com a CBF.

Por Elton Green

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